Produtores rurais comemoram a chegada das chuvas e iniciam o plantio


Após meses de clima seco, os agricultores começa a sorrir com a chegada das chuvas no sertão maranhense e as previsões para os próximos dias são boas. A chuva traz esperanças para milhares de agricultores e a terra já começa a ser novamente coberta pelo verde e espanta o fantasma das queimadas.

A chuva tem um papel fundamental para a subsistência do agricultor familiar, que depende diretamente do ciclo natural para garantir o alimento da família e  a venda da produção excedente.

A expectativa agora é de que o clima continue favorável nos próximos meses, permitindo o desenvolvimento das lavouras e reforçando a esperança de uma colheita farta em 2025. Novembro começa com expectativa positiva para o campo e o padrão de chuvas deve se consolidar nas principais regiões produtoras.

A Chuva chega e reduz os focos de fogo

As queimadas este ano no sertão maranhense, em Mirador não foi diferente, comprovou mais uma vez que o município que dispõe de Equipe de Brigadistas próprio e permanente, o fogo é menos, tem melhor controle e os prejuízos econômicos e ambientes são menores. Já aqueles que dependem de apoio de São Luís ou de Polo Regional, quando o socorro chega, já é tarde.

Já se registra chuvas em alguma cidade do médio sertão e sul do estado, em Mirador já choveu em algumas localidades e a previsão é de chuva em toda região. Com isso o clima melhorou, as queimadas agora sob controle e os pequenos produtores já se movimentam aguardando o início do plantio de cultura de subsistência e os grandes projetos já em fase do plantio de soja.

Quando volta a chover normalmente, o poder público esquece as queimadas, esquece os prejuízos com a agropecuária, o meio ambiente e a saúde da população e só volta a lembrar em junho quando começa tudo de novo. É essa a realidade.

Todo ano Mirador é fortemente castigado pelas queimadas e esse ano os prejuízos foram maiores, os animais passam fome, perde peso, alguns chegam até a morrer. Os programas de governo têm que sair do papel e atuar de fato, no combate propriamente dito, só com palestras, reuniões, encontros, não apaga fogo.

Os municípios tem que priorizar o meio ambiente que também é uma questão de saúde. No caso de Mirador que é um município extenso e com enormes problemas ambientais precisa urgentemente criar um Equipe de Brigadistas para atuar durante todo o ano. O município já possui uma boa estrutura de veículos e equipamentos, como, carro-pipa, trator de pneus, resta apenas  parceria com o governo do estado e conseguir uma caminhonete equipada para combate a incêndios igualmente as que foram distribuídas para o Corpo de Bombeiros, adquirir os demais equipamentos necessários, seleciona um grupo de pessoas com experiencias, treinar mais, oficializar a composição, manter uma sede própria com comando independente politicamente.

A Estado tem por obrigação ajudar o município de Mirador que cedeu 62% de seu território para a criação do Parque Estadual e é por lá que a SEMA recebe milhões de dinheiro através Compensação Ambiental, Fundo Amazonia, Licenciamento Ambiental, orçamento anual e muito mais). Coisas assim não cai do céu, tem que ir atras e já que o fim do governo tá bem aí.

A atuação de uma Equipe de Brigadistas no município não se limita apenas no combate a fogo, é importante também em caso de grandes enchentes, como aconteceu em 2022, dar apoio aos grandes eventos, como carnaval, festas juninas, aniversário da cidade, além de outras atribuições.

Diante da situação que é delicada, seria importante, necessário e urgente, unir o poder público (prefeitura, governo do estado e federal), a sociedade civil organizada (associações e sindicatos) e a iniciativa privada para tratar dessa questão no momento certo, que na verdade, é agora.

“Em Mirador a luta para isso acontecer vem de longe. Na câmara municipal já existe vários pedidos que foram aprovados por unanimidade dos vereadores e como não é executado vão para o arquivo morto. Somente nos mandatos do então vereador Eduardo Galvão tem pedido de criação de Brigada, de instalação de um Polo do Corpo de Bombeiros do Estado, Gestão Compartilhada do Parque, criação de cargos de Engenheiro Agrônomo, engenheiro Florestal e Técnicos Agrícola, Função de Fiscal Ambiental, Estrutura Técnica e Administrativa da secretaria de meio ambiente e exigir que seja atuante. Recentemente teve um foro de secretários de meio ambiente dos municípios do médio sertão, não sei se trataram de questões relacionado a queimadas. Começou a COP-30, em Belém, centenas de representantes do governo do Maranhão, principalmente da SEMA, resta saber o que vai vir de positivo. Aguardar prá ver