© Foto: Ricardo Stuckert PR - Arquivo / Permissão de Biden acontece horas depois de ataque russou que matou ao menos sete pessoas
Em uma decisão que representa uma mudança substancial na postura dos Estados Unidos em relação ao conflito entre Ucrânia e Rússia, o presidente Joe Biden autorizou que Kiev utilize armas americanas para realizar ataques em solo russo. A medida foi confirmada por fontes oficiais neste domingo, 17 de novembro de 2024.
A autorização ocorre após reiterados pedidos do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que há meses solicitava permissão para empregar armamentos fornecidos pelos EUA em operações além de suas fronteiras, visando alvos militares russos. A decisão também antecede a posse do presidente eleito Donald Trump, prevista para 20 de janeiro de 2025.
Fontes indicam que a Ucrânia planeja iniciar ataques de longo alcance nos próximos dias, possivelmente utilizando mísseis ATACMS, que possuem alcance de até 306 km. Essa estratégia visa responder ao recente deslocamento de tropas norte-coreanas pela Rússia para reforçar suas forças, fato que gerou preocupação tanto em Washington quanto em Kiev.
Em pronunciamento, Zelensky afirmou que os mísseis "falarão por si mesmos" e enfatizou que tais operações não são anunciadas previamente. A Casa Branca e o Departamento de Estado dos EUA não comentaram oficialmente sobre a decisão.
A Rússia, por sua vez, advertiu que consideraria a flexibilização das restrições ao uso de armas americanas pela Ucrânia como uma escalada significativa do conflito. Vladimir Dzhabarov, vice-chefe do Comitê de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação Russa, declarou que a medida poderia levar a uma Terceira Guerra Mundial e prometeu uma resposta rápida.
Analistas observam que, embora alguns funcionários americanos estejam céticos quanto ao impacto dessa decisão na trajetória geral da guerra, a autorização pode fortalecer a posição da Ucrânia em futuras negociações de cessar-fogo. No entanto, permanece incerto se a administração Trump manterá essa política após a posse. Richard Grenell, assessor próximo de Trump, criticou a decisão, acusando Biden de "intensificar as guerras antes de deixar o cargo".
A comunidade internacional acompanha com atenção os desdobramentos dessa nova fase do conflito, avaliando as possíveis implicações para a estabilidade regional e global.
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