

A primeira semana da 30ª Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP-30) apresentou, em painéis e conferências, diversos debates para promover alternativas que combatam o aquecimento global e as mudanças climáticas. De olho nessas pautas estratégicas, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), responsável pela administração do Porto do Itaqui, levou para Belém (PA) o planejamento que posiciona o Maranhão rumo a um futuro sustentável.
Em uma das reuniões com empresas, organizações não governamentais e representantes de governos estaduais e do governo federal, a Emap, ao lado da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e da Investe Maranhão, abordou o Plano de Descarbonização do Itaqui, iniciativa desenvolvida nos últimos anos que coloca o estado na rota da transição energética e reforça o compromisso com a redução das emissões de gases e a inovação ambiental.
O Plano de Descarbonização, que foi oficialmente apresentado neste ano durante a Intermodal, estabelece metas estratégicas até 2030 e prevê a neutralidade de carbono do porto até 2050. A proposta inclui não apenas a modernização da infraestrutura, mas também a proteção do ecossistema local, da flora e das comunidades que convivem diretamente com o porto, além da atração de investidores alinhados à mesma visão de sustentabilidade.
Atualmente, a maior parte da pegada de carbono do Porto do Itaqui está diretamente ligada às emissões das embarcações que operam no terminal. Por isso, o porto vem intensificando articulações e alinhamentos com operadores logísticos para atrair navios, rebocadores, caminhões e veículos movidos por fontes alternativas de energia. A iniciativa acompanha movimentos internacionais, como os projetos globais de desenvolvimento de navios verdes, que já vêm sendo estudados por empresas como a Transpetro.
Para a presidente do Porto do Itaqui, Oquerlina Costa, essa transformação exige a reformulação gradual da infraestrutura portuária para receber embarcações de novas gerações, com padrões mais rígidos de eficiência energética e menor impacto ambiental. “É um caminho desafiador, mas inevitável. A modernização da infraestrutura é parte central do processo de descarbonização do Itaqui”, destacou.


